domingo, 31 de março de 2013

A história da Páscoa

                                                                 Prato de Seder

A história de Pêssach inicia nos dias do patriarca Avraham (Abraão). Quando D’us prometeu um herdeiro a Avraham, cujas sementes seriam tão numerosas como as estrelas, D’us também o informou do longo período de escravidão que seus descendentes sofreriam por 400 anos, até que fossem libertados.
O primeiro dos descendentes de Avraham a chegar ao Egito foi seu bisneto Yossef (José), Yossef e seus irmãos faleceram, e os filhos de Israel se multiplicaram na terra do Egito. Logo após o faraó também morreu, e um novo rei ascendeu ao trono. Ele não nutria simpatia alguma pelos judeus, e preferiu esquecer tudo o que Yossef havia feito pelo Egito.
O Rei reuniu seus conselheiros, e decidiu escravizar o povo antes que se tornasse muito poderoso. O faraó lançou uma política que limitava a liberdade pessoal dos hebreus, impondo pesados impostos sobre eles, e recrutando os homens para trabalhos forçados, sob a supervisão de severos capatazes. Porém, quanto mais os Egípcios os oprimiam, quanto mais duras as restrições impostas sobre eles, mais os filhos de Israel cresciam e se multiplicavam.
Finalmente, quando o faraó percebeu que apenas escravizar os hebreus de nada adiantaria, decretou que todos seus bebês recém-nascidos do sexo masculino fossem jogados no rio Nilo. Apenas filhas tinham permissão para viver. Desta maneira, ele esperava acabar com o aumento da população judaica, e ao mesmo tempo, eliminar um perigo que, de acordo com as previsões dos astrólogos, ameaçava sua própria vida.
Os filhos de Israel não podiam mais suportar o terrível sofrimento e a perseguição nas mãos de seus cruéis opressores. Seu sofrimento e suas preces penetraram os céus. D’us lembrou-Se de Seu acordo com Avraham, Itzchak e Yaacov, e decidiu libertar seus descendentes do cativeiro.
Moshê tinha a idade de oitenta anos, e seu irmão Aharon oitenta e três, quando entraram no palácio do faraó. Este perguntou aos dois irmãos o que desejavam. A mensagem soou como uma ordem: “Assim disse o Senhor D’us de Israel: ‘Deixe Meu povo ir, que eles Me oferecerão uma festa no deserto.’”
O faraó recusou desdenhosamente, dizendo que nunca tinha ouvido falar do D’us dos Israelitas, e que Seu nome não estava registrado na sua lista de deuses de todas as nações. Acusou ainda Moshé e Aharon de uma conspiração contra o governo, e de interferirem nos trabalhos dos escravos hebreus. A um sinal de Moshé, Aharon então realizou os sinais milagrosos que D’us lhe tinha permitido realizar, mas o faraó não se impressionou muito, pois seus mágicos podiam fazer quase o mesmo.
No mesmo dia o faraó ordenou que seus capatazes aumentassem a opressão sobre os filhos de Israel, e sofreram ainda mais que antes. Em seu desespero, os filhos de Israel reprovaram Moshé amargamente, por piorar ainda mais a sua situação.
Profundamente ferido e desapontado, Moshé rezou a D’us que o consolou e assegurou-lhe que sua missão teria sucesso, mas não antes que o faraó e todos do Egito fossem assolados por terríveis pragas, para que fossem punidos. Todos então veriam e reconheceriam D’us fiel e verdadeiro.
Quando o faraó continuou recusando-se a libertar os filhos de Israel, Moshé e Aharon avisaram-no de que D’us puniria tanto a ele como ao povo egípcio. D’us então mandou sobre o Egito as dez pragas:
1. Sangue
2. Sapos
3. Piolho
4. Animais Selvagens
5. Peste
6. Sarna
7. Granizo
8. Gafanhotos
9. Escuridão
10. Morte dos Primogênitos

Então o próprio faraó procurou os líderes dos hebreus, e implorou que abandonassem o Egito sem mais demora!
A história de Pêssach termina no seu ponto alto em Shavuot, (festa da Outorga da Torá no Monte Sinai), é a história do nascimento de um “reino de sacerdotes e nação sagrada”: O povo judeu.
O Pessach é o momento em que os judeus relembram o êxodo de seu povo do Egito e a libertação da sua condição de escravos.
As datas variam de acordo com o calendário judaico. Pessach é celebrado por sete dias e não se pode comer nada com fermento.
A principal cerimônia é o Seder, banquete que reúne as famílias em torno de sete alimentos simbólicos.
A ordem do Seder
Seder